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[História] Núcleo de Artes Elza Cavalcante - Como tudo começou?

Atualizado: 18 de fev. de 2020

Elza Cavalcante completa 35 anos como fundadora e diretora do Núcleo de Artes Elza Cavalcante em 2020. Uma história repleta de obstáculos, superações, prêmios, espetáculos e muito amor pela dança. Mas a verdadeira jornada com a dança começou muito antes disso, quando era apenas uma criança. Na área de sua casa, Elza dava aulas de dança e fazia coreografias para suas irmãs e amigas desde os nove anos de idade e foi exatamente ali que nasceu o sonho de um dia ter sua escola e ser uma grande profissional da dança. Descubra agora a história por trás da escola de dança mais renomada e premiada da cidade de Anápolis.


ANTES DE TUDO COMEÇAR


Elza Miranda – sim, esse era o primeiro nome artístico adotado pela diretora – começou sua carreira profissional trabalhando como professora de Jazz e Ballet Clássico na Academia Rhythmus em 1982 com apenas 19 anos de idade. Nessa época, além das aulas na academia, também lecionava dança na Escola Paroquial de Santana e na Escola Gente Miúda, dava aulas e dançava na Academia D’talhe e ainda cursava sua faculdade de Pedagogia à noite.

Naquele tempo recebia o pagamento por aluno e estava sempre buscando conquistar cada vez mais adeptos para essa arte pela qual sempre foi apaixonada, juntando todo o dinheiro para realizar o sonho de ter sua própria escola.


DANCE CENTER – COMO O SONHO DECOLOU

Foi então em 1985, após anos de muita garra e dedicação, foi inaugurado a Dance Center, sua primeira escola, em um pequeno espaço na Rua 1º de Maio próximo ao Hospital Santa Paula e fornecia aulas de Jazz, Ballet e Sapateado.


A princípio a escola contava apenas com sua irmã Sandra na secretaria e a própria Elza na sala de aula, mas estreou como um sucesso absoluto na cidade com 170 alunos matriculados devido à repercussão de seus primeiros espetáculos realizados ainda pela Academia Rhythmus e por conta de sua fama nas escolas onde lecionava.


OS DESAFIOS DA PRIMEIRA JORNADA COMO EMPRESÁRIA

Começar sua primeira empresa aos 23 anos em um tempo onde os meios de informação eram jornais, revistas, televisão, cursos e principalmente experiências compartilhadas era por si só um desafio da época. Não havia internet, portanto não haviam referências de fácil acesso e muito menos discos de músicas para aulas específicas de Ballet disponíveis em Anápolis. Porém haviam muitas alunas que viajavam com os pais para fora do estado ou até mesmo do país, através das quais ela sempre buscava encomendar os discos necessários para tornar suas aulas cada vez mais interessantes.


O espaço da primeira escola era tão pequeno que as mães tinham que esperar suas filhas do lado fora. Às vezes se sentia constrangida por encontrar pessoas na rua que diziam querer dançar em sua escola enquanto sabia que não cabia mais ninguém. Mas nem a falta de espaço e nem a imaturidade como empresária impediu que continuasse buscando melhorar cada vez mais seu sonho e em 1986 começou a viajar regularmente para São Paulo para buscar ferramentas e treinamentos nas diversas áreas da dança que lecionava.




TORNANDO-SE REFERÊNCIA EM PRODUÇÃO DE ESPETÁCULOS

Deslumbrada pelos espetáculos e apresentações que assistia na TV fez com que o ímpeto de se tornar uma produtora começasse antes mesmo de ter sua própria escola.


O primeiro de todos foi o espetáculo “Aventuras”, de 1983, que, como o próprio nome, já diz tudo o que representou, seguido pelo espetáculo “Realismo Mágico”, em 1984, que mostrou todo o seu amor e paixão pela dança. Ambas apresentações foram realizadas enquanto ainda dava aulas na Academia Rhythmus e teve a participação de seus alunos da escola e de seu grupo de dança.


Em 1985 surgiu o “Reluz”, o espetáculo que veio a se tornar o primeiro de sua carreira como diretora de uma escola de dança e contou com a participação de todos os alunos da Dance Center. O show trabalhava com a ideia do brilho e do glamour que a dança trazia.


Com coreografias soltas, músicas da Xuxa e Balão Mágico e com muitas referências infantis da TV como o próprio Balão Mágico e o Programa do Chacrinha devido às muitas turmas infantis, o cenário e os figurinos foram feitos com muita criatividade em razão das dificuldades com a mão de obra não especializada e a falta de tecidos disponíveis na época.


O espetáculo foi um tremendo sucesso e teve uma excelente repercussão na cidade, aumentando cada vez mais seu reconhecimento nos anos seguintes com os espetáculos “Tempos” (1986) que retratava os principais filmes da época em suas coreografias, “Devaneio” (1987) seguido por “Brasil Musical Jazz” (1988) retratando os ritmos do Brasil com a participação da cantora Adriana Moreno e o grupo Sons e Cores. Este último foi o primeiro espetáculo de dança com música ao vivo realizado por uma escola de Anápolis e também o último espetáculo da escola sob o nome de Dance Center.


O NASCIMENTO DO NÚCLEO DE DANÇA ELZA CAVALCANTE


Após o grande sucesso proporcionado pelos seus espetáculos pela cidade, o estúdio Dance Center já não cabia mais os alunos que possuía sem contar a lista de interessados em fazer parte da escola e participar dos famosos espetáculos. Foi então que em 1989, Elza Cavalcante – já com seu novo e famoso nome artístico de diretora e produtora – decidiu se mudar para um espaço maior e mais adequado. Assim surgiu o primeiro Núcleo de Dança Elza Cavalcante.



Na rua Barão do Rio Branco, o novo estúdio sob o nome da diretora que já havia virado referência na cidade, possuía duas salas amplas, piso tablado adequado para a prática da dança, secretaria com espaço para receber os pais, os primeiros computadores da época para organização da empresa, aparelhagem de som de alta qualidade, começando uma nova fase de modernidade e se tornando uma referência no estado.


Além de todo o espaço físico melhorado, foram adicionadas novas modalidades, novos professores, turmas e horários lotados com mais de 200 alunos matriculados. Isso possibilitou a formação da Spazzio Cia de Dança que levou o nome da cidade por todo o Brasil participando de festivais de dança e trazendo muitas premiações e reconhecimento para os bailarinos e para a escola.

A nova escola seguiu sua bem-sucedida história por 7 anos nesse local, até que em 1996 Elza finalizou a construção de sua sede própria e inaugurou a escola onde até o presente segue conquistando premiações, produzindo os mais belos espetáculos e ajudando a melhorar a vida de tantas pessoas através desse sonho da dança.


Em 2020, completando 35 anos de uma magnífica história, já foram conquistadas mais de 120 premiações em festivais, produzidos mais de 40 espetáculos sob o nome da escola, fora outros produzidos para particulares e mais de 3 mil alunos do brasil e do mundo que já viveram a experiência de dançar na escola mais tradicional de Anápolis.

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